Comecei a me interessar pela música sertaneja quando tinha entre 10 e 11 anos de idade. Em meu aniversário de 13 anos ganhei o primeiro violão e gostei muito do instrumento, o qual meu vizinho, Sr. Cardoso me ensinou o pouco que sei de violão. “Eu dava muito trabalho pra esse caboclo rsrs...” todos os dias batia em sua porta pra que ele me ensinasse uma música nova e afinasse meu violão. Porém o que sempre tive vontade mesmo era de aprender a tocar viola caipira, e quando fiz 17 anos meu pai José Dias Moraes realizou este sonho e me presenteou com uma viola da marca Tonante.
Nesta época tive mais ou menos uns 15 parceiros mas nenhum deu certo e então comecei há desanimar da carreira de cantor por esse e outros motivos. Foi quando um certo dia um grande amigo em comum Zé Leite, vendo que eu já havia tentado várias vezes formar uma dupla mas nuca dava certo resolveu me levar até a oficina em que o Anderson trabalhava, que por sinal é do pai dele Sr. Luiz. Neste dia fomos apresentados mas como eu estava desiludido de tentar uma carreira novamente não peguei telefone nem endereço de e-mail e o Anderson muito tímido na época também não se manifestou, assim fui embora sem nenhum contato dele e ele sem nenhum contato meu.
Depois de algum tempo no dia 01/05/2008 meu padrinho Jorge fez um almoço no salão de festa do condomínio onde mora e como sempre convidou a mim e meus pais e lá estava também o Sr. Luiz pai do Anderson, e lembrando-se de mim ligou para ele ir até lá, dizendo que tinha um violeiro pra ele tocar umas modas, chegando lá Anderson imaginava um homem mais velho de uns 50 ou 60 anos pois nesse tempo era difícil alguém da minha idade tocar viola caipira.
A primeira moda que cantamos juntos foi “Pagode em Brasília” do nosso saudoso Tião Carreiro, neste momento quando terminamos de cantar a moda, alguns amigos e parentes por terem gostado de nos ver cantando juntos disseram: “nós ainda vamos em um show de vocês dois”. Mais uma vez deixei meu sonho de lado e não quis nem saber de formar uma dupla com Anderson e mal sabia eu que aquele caboclo algum dia seria meu grande irmão e parceiro de cantoria.
Passaram-se algumas semanas e o Anderson conseguiu o número de telefone da minha casa, e ligava todos os dias tentando falar comigo, porém eu nunca atendia, então minha mãe Aparecida Lizier Moraes me disse: “ Se você não quer cantar com ele pelo menos ligue de volta e diga isso pra ele, pois o coitado te liga todos dias e você nunca está em casa, ao menos dê uma resposta pra ele”.
Depois dessa “Zorbada” rsrs... eu liguei para o Anderson e ele então me convidou para ir tocar umas modas em um boteco, na hora vendo a empolgação do caboclo pensei comigo, não me custa nada tocar umas modas e topei a parada. Cantamos 3 modas e a turma já começou há nos perguntar qual era o nome da dupla, mas o Anderson nem imaginava ter dupla naquela altura do campeonato e eu já estava bem desiludido com a idéia, então nem demos bola pra idéia de fazer uma dupla. Neste mesmo dia fomos convidados pra ir em um outro boteco participar de um festival de viola, lá conquistamos o 3° lugar e ganhamos um troféu cada e com isso fomos convidados pra ir no próximo sábado participar de um programa na rádio Ingá Mar. Nesta época eu dava um pouco de gosto pro meu pai e trabalhava rsrs... então já comprei uma viola nova na mesma semana pra fazer o programa de rádio, voltamos mais umas 10 vezes nesta mesma rádio. Esse foi o 1° passo para a carreira de dupla sertaneja pois quando nos demos conta já era-mos uma dupla e nem sabía-mos. Como não havia ninguém para tomar conta da gente meu pai Zé Dias passou há ser nosso empresário.
A partir desse momento começou nossa carreira e desde então nunca mais paramos de cantar juntos. Trabalhamos 6 meses em um bar universitário de Maringá por nome de bloco 10, gravamos um cd ao vivo em um bar dentro da expoingá 2009.
Depois trabalhamos muito em cervejadas e outras festas universitárias, começamos á fazer shows em casas noturnas de Maringá e região, fizemos shows também em quase todas as cidades vizinhas de Maringá. Participamos de vários festivais de viola e graças á Deus sempre nos classificamos, participamos também do tributo a Tião Carreiro o que pra nós foi um grande privilégio.
Em 2010 fizemos a abertura e tocamos na Barraca Universitária da Expoingá.
Graças á Deus sempre trabalhando e superando os obstáculos que por sinal não são poucos, até que conhecemos um homem chamado Silvio Rodrigues que acreditou em nosso trabalho e está apostando na gente, nos acolheu em sua produtora SDR Produções, onde recentemente gravamos nosso 1° Cd profissional e também nosso 1° DVD, tudo através dele. Essa é nossa história só temos que agradecer a DEUS por tudo que conquistamos até hoje. Devo tudo que tenho em primeiro lugar há Deus, em segundo lugar a meu pai, e em terceiro lugar aos nossos fãs e todos aqueles que gostam das nossas modas pois sem eles, sem respeito e humildade não chegaríamos a lugar nenhum.
Anderson Luiz de Oliveira, 20 anos nascido em Curitiba.
Desde muito novo por influência de meu pai tive os primeiros contatos com violão. A música sertaneja sempre esteve forte em minha família, cresci ouvindo músicas raízes de Tião Carreiro e Pardinho, Zico e Zeca, Abel e Caim, Lourenço e Lourival entre outros. Aos 5 anos já arriscava alguns acordes no violão, que meu pai cansava de colocar cordas que eu arrebentava tentando aprender a tocar o instrumento.
Aos 11 anos ganhei minha primeira viola caipira meu sonho de consumo, abandonei o coitado do violão que ficou encostado por um bom tempo. A partir de então comecei a frequentar rodas de viola na cidade com meu pai e meu avô mas um defeito me rondava, tinha uma vergonha tremenda de cantar.
Por incentivo de meu avô, com 13 anos comecei a me dedicar a cantoria só insisti em aprender a cantar porque mentiam pra mim dizendo que eu cantava bem! kkkk
Na rua de minha casa conheci um caboclo da mesma idade que eu que gostava de cantar Zeze di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Chitaozinho e Xororó e etc, larguei um pouco as modas caipiras e tomei gosto em cantar músicas da época como blusa vermelha do Trio parada dura, obras do poeta de Chitaozinho e Xororo, é o amor de Zezé di Camargo e Luciano.
Tentei formar minha primeira dupla com ele mais o menino era medroso demais da conta, até que com 16 pra 17 anos no dia 1 de maio teria na cidade a gravação do dvd do Hugo Pena e Gabriel, estava chovendo muito e antes de eu ir para o show recebi uma ligação de meu pai que estava num churrasco de uns amigos, que por coincidência o dono do churrasco era o padrinho do Janderson.
Meu pai me chamou, dizendo que havia um violeiro no churrasco e como eu não perdia a oportunidade de tocar uma viola fui para essa festa, ai que veio a surpresa, eu esperava um violeiro de uns 60 anos que era a média de idade de violeiros kkkkkkk. Chegando lá me deparei com um caboclo um pouco mais novo que 60 anos kkk, o Janderson, com uma viola.
Juntamos as violas e puxamos uma música que os dois conhecessem, adivinha qual? Pagode em Brasilia!! De Tião Carreiro e Pardinho foi muito legal porque até então eu não havia achado um violeiro que tinha os mesmos gostos musicais que eu, os nossos familiares brincaram no dia parecendo prever o futuro dizendo que um dia iriam assistir o show da nova dupla, mas espera que a dupla não começou ai não, saí de lá com pressa porque tinha comprado os ingressos para o show de Hugo Pena e Gabriel, sai correndo mal sabendo o nome da criatura.
Alguns dias se passaram e eu não havia pego telefone nem nada do caboclo. Procurei por curiosidade no orkut, na primeira pesquisa achei o tal violeiro, lá tentei fazer contato com ele e nada. Algumas semanas se passaram até que combinamos por telefone de participar de uma roda de viola que acontecia num boteco da cidade. Cantamos umas 3 modas e as pessoas que estavam no lugar aplaudiram muito. Com isso um dos organizadores da roda de viola do boteco nos convidou para participar de um festival que aconteceria no mesmo dia, só não ganhamos em primeiro lugar porque a leitoa que estava sendo sorteada para o vencedor já tinha dono kkkkkkkkk.
A partir desse dia tudo mudou, a música se tornou mais que parte de mim, e sim a minha vida.
Passamos um bom tempo fazendo programas de rádios da região, foi quando tivemos que definir o nome da dupla, que apenas um ano depois se tornara a dupla mais cobiçada das festas de Maringá --- Janderson & Anderson!!
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